Dois feridos ligeiros após apedrejamento de autocarro na Ajuda. PSP vai "reforçar visibilidade"
Em declarações à TSF, fonte do comando metropolitano da PSP de Lisboa acredita que se tratou de um ato isolado, mas, mesmo assim, a polícia vai "reforçar a visibilidade" naquela zona da Ajuda nos próximos dias.
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A PSP vai reforçar a presença na zona da Ajuda após um autocarro ter sido atacado com pedras na noite de segunda-feira.
Fonte do comando metropolitano da PSP de Lisboa confirmou à TSF que o incidente aconteceu junto ao quartel dos bombeiros voluntários da Ajuda. O apedrejamento do autocarro da Carris fez dois feridos ligeiros depois de terem sido atingidos por estilhaços de vidros. Cerca de dez passageiros e o motorista da Carris foram também assistidos no local.
A Junta de Freguesia da Ajuda já pediu à PSP e à Câmara de Lisboa que reforce a segurança na zona. A polícia diz acreditar que se tratou de um ato isolado, mas, mesmo assim, vai "reforçar a visibilidade" naquela zona da Ajuda nos próximos dias.
Contactado pela TSF, o presidente da junta de freguesia, Jorge Marques, prefere não fazer declarações sobre o incidente.
Manuel Oliveira, do Sindicato Nacional dos Motoristas, adianta que estas são situações que acontecem todos os dias. "A única coisa que, felizmente, não acontece são episódios com este tipo de gravidade. O que achamos é que existe um clima de impunidade para este tipo de delinquência. Estas pessoas acham-se no direito de fazer tudo e mais um par de botas, como se costuma de dizer, porque nada lhes acontece. Espero que desta vez a Carris tenha a sensibilidade de acompanhar o trabalhador em juízo", afirma, em declarações à TSF.
Manuel Oliveira refere que estes casos não acontecem apenas em Lisboa, recordando o exemplo de Coimbra. Para o sindicalista, é preciso "obrigar esta gente a trabalhar para a comunidade", sendo fundamental que a lei seja alterada.
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"Os tribunais estão de pernas e braços atados, são obrigados a aplicarem a lei que existe e, do nosso ponto de vista, a lei que existe é permeável neste tipo de situações", diz, sublinhando que "hoje em dia parece que a regra é a falta de respeito para com o semelhante e o Estado, a única coisa que sabe fazer, é vir lamentar-se, de tempos em tempos, quando acontece uma situação grave".
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* Notícia atualizada às 13h36