Dois novos administradores da RTP passam no parecer mas «com limitações»

Em deliberação hoje divulgada na págima oficial do CReSAP, o único parecer de «adequado» é atribuído à nomeação de Gonçalo Reis como presidente do Conselho de Administração, sublinhando que a personalidade indigitada apresenta um «perfil técnico, a par de uma experiência ao nível de direção superior muito consistente, revelando conhecimento quer da RTP (onde já foi administrador), quer do setor onde a mesma se insere».

Quanto a Cristina Vaz Tomé, a CReSAP reconhece que a indigitada revela «experiência na gestão de uma instituição científica de dimensão relativa e com capacidade demonstrada para criar e desenvolver serviços nas áreas de gestão de risco e sustentabilidade», mas que «não fica claro o contributo ou a mais-valia específica com que contribuirá para a administração da RTP, num setor que não revela conhecimento substantivo».

Refere ainda que Cristina Tomé foi recentemente indigitada para vogal do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficácia no Uso de Recursos, sendo que a gestão efetiva e exigente desse programa «não parece ser compatível se exercida em simultâneo».

Pelas razões expostas, a Comissão Técnica Permanente (CTP) da CReSAP emitiu o parecer de «adequado com limitações» à vogal em causa.

Em relação a Nuno Artur Silva, a CReSAP considera que apresenta um «perfil reconhecido no meio audiovisual e televisvo português, com larga experiência de gestão de topo», mas lembra, no entanto, que o indigitado foi fundador e tem exercido o cargo de presidente do Conselho de Administração de uma empresa que detém um canal de televisão (canal Q), o que «por si só coloca problemas de natureza concorrencial que não foram clarificados».

Pelos motivos referidos, a CTP da CReSap emitiu o parecer de «adequado com limitações» à designação de Nuno Artur Silva para vogal do Conselho de Administração da RTP.

Integram a CPT da CReSAP João Bilhim, Margarida Proença, José Luis Nascimento e Maria Helena Dias Ferreira.