Dois sismos em menos de 20 minutos. Segundo abalo com magnitude 3.4 sentido em São Miguel
O novo sismo ocorreu após registo de outro de maior magnitude e teve epicentro a cerca de 25 quilómetros a sul do Faial da Terra
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Um segundo sismo com uma magnitude de 3.4 na escala de Richter foi esta terça-feira sentido na ilha de São Miguel, no grupo Oriental dos Açores, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Este novo abalo foi registado menos de 20 minutos depois do primeiro.
Em comunicado, o IPMA indica que o segundo sismo foi registado nas estações da Rede Sísmica do Arquipélago dos Açores às 07h33 locais (08h33 em Lisboa) e teve epicentro a cerca de 25 quilómetros a sul do Faial da Terra.
"Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima II/III (escala de Mercalli modificada) na freguesia de Nossa Senhora dos Remédios", segundo o IPMA.
O abalo "foi ainda sentido com menor intensidade nas freguesias de Nordeste e Ribeira Quente".
O sismo ocorreu após registo de um outro de maior magnitude - 5.3 segundo o IPMA e 5.1 segundo o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) - registado às 07h14 locais (08h14 em Lisboa) e com epicentro a cerca de 25 quilómetros a sul-sudeste de Faial da Terra.
Este evento de maior magnitude foi sentido "em praticamente toda a ilha de São Miguel" e também na ilha de Santa Maria, no grupo Oriental, segundo o CIVISA.
"Teve uma magnitude de 5.1 [escala de Richter] e foi sentido em praticamente toda a ilha de São Miguel. Foi onde atingiu a intensidade máxima de V/VI [escala de Mercalli Modificada], eventualmente, na zona da Povoação, e também temos indicação de que foi sentido em Santo Espírito, na ilha de Santa Maria", disse à agência Lusa a investigadora do CIVISA Rita Carmo.
Segundo Rita Carmo, o sismo "está a ser seguido por algumas réplicas, que têm geralmente magnitude mais baixa, o que não invalida que não possam ocorrer algumas réplicas que também possam ser sentidas pela população".
A investigadora admitiu à Lusa que eventos com esta magnitude são comuns no arquipélago dos Açores.
Fonte do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores disse à agência Lusa que até às 08h00 locais (09h00 em Lisboa) "não registou nem [situações] de danos, nem pedidos de auxílio" da população.
