Dormidas de turistas residentes atingem em agosto máximo histórico de 4,2 milhões

No entanto, os níveis atingidos em agosto de 2021 foram inferiores aos do mesmo mês de 2019
Pedro Granadeiro/Global Imagens
O setor do alojamento turístico em Portugal registou 2,5 milhões de hóspedes e 7,5 milhões de dormidas em agosto de 2021, correspondendo a aumentos de 35,6% e 47,6%, respetivamente.
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As dormidas de turistas residentes atingiram em agosto o valor mensal mais elevado desde que há registos, aumentando 24,2% em termos homólogos, para 4,2 milhões, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo INE, as dormidas de turistas dos mercados externos cresceram em agosto 94,5%, totalizando 3,3 milhões.
Comparando com agosto de 2019, observa-se um crescimento de 22,6% nas dormidas de residentes e um decréscimo de 46,9% nas dormidas de não residentes.
No total, o setor do alojamento turístico em Portugal registou 2,5 milhões de hóspedes e 7,5 milhões de dormidas em agosto de 2021, correspondendo a aumentos de 35,6% e 47,6%, respetivamente (+60,4% e +73,0% em julho, pela mesma ordem). O peso do mercado interno no total das dormidas ascendeu a 56,2%.
Os níveis atingidos em agosto de 2021 foram, no entanto, inferiores aos do mesmo mês de 2019, tendo o número de hóspedes e de dormidas diminuído 23,6% e 22,1%, respetivamente.
As dormidas na hotelaria (81,0% do total) aumentaram 49,7% (-22,2% face a agosto de 2019), enquanto as dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 13,1% do total) cresceram 47,9% (-31,1% face ao mesmo mês de 2019) e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 6,0%) aumentaram 23,2% (+11,6% face a agosto de 2019).
Em agosto, nota o INE, 16,5% dos estabelecimentos de alojamento turístico ainda estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (20,4% em julho).
A totalidade dos 17 principais mercados emissores de turistas para Portugal registou aumentos em agosto, tendo representado 90,2% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico neste mês.
O mercado espanhol respondeu por 20,9% do total de dormidas de não residentes, seguindo-se os mercados francês (quota de 17,7%), britânico (14,4%) e alemão (7,6%).
No acumulado dos primeiros oito meses do ano, as dormidas totais aumentaram 11,8% em termos homólogos, na sequência de variações de +29,1% nos residentes e de -6,4% nos não residentes. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 58,4% (-18,9% nos residentes e -75,6% nos não residentes).
Entre janeiro e agosto de 2021, as dormidas de residentes representaram 59,3% do total, "significativamente acima" da quota verificada em 2019 (30,4% do total).
Neste período, o INE aponta crescimentos nos mercados polaco (+147,9%), belga (+56,4%), suíço (+49,7%), irlandês (+40,1%), francês (+26,3%) e espanhol (+9,6%), enquanto os restantes principais mercados registaram decréscimo.
Numa análise regional, o Algarve concentrou 36,7% das dormidas em agosto, seguindo-se a Área Metropolitana (AM) de Lisboa (15,7%), o Norte (15,2%), e o Centro (12,2%).
Nos primeiros oito meses do ano, registaram-se diminuições no número de dormidas na AM Lisboa (-9,9%), enquanto as restantes regiões apresentaram crescimentos, com realce para a evolução apresentada pela Região Autónoma (RA) dos Açores (+95,1%).
Entre janeiro e agosto, em termos de dormidas de residentes, registaram-se aumentos em todas as regiões, com destaque para as evoluções registadas na RA Madeira (+117,6%), RA Açores (+99,2%) e Algarve (+38,9%).
Neste período, verificaram-se crescimentos no número de dormidas de não residentes na RA Açores (+87,3%), Alentejo (+5,2%), RA Madeira (+4,9%) e Centro (+3,3%). A maior redução registou-se na AM Lisboa (-24,2%).
A estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,95 noites) aumentou 8,8% em agosto (+7,8% em julho), em resultado de subidas de 8,1% na estada média dos residentes (para 2,79 noites) e de 6,0% na dos não residentes (para 3,17 noites).