Dos 5 aos 40 euros. Faltam limites nos preços dos equipamentos de protecção na saúde privada
Associação de consumidores exige regras para evitar abusos e falta de transparência.
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A Deco pede ao Governo que imponha limites aos valores cobrados, na saúde privada, pelos equipamentos de proteção individual - por exemplo, máscaras e viseiras usadas durante tratamentos.
Até agora a associação de consumidores recebeu perto de 150 queixas e a coordenadora do Gabinete de Apoio ao Consumidor, Ana Sofia Ferreira, explica à TSF que os clientes são muitas vezes surpreendidos com valores de que não estavam minimamente à espera.
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"Não lhes é explicado em que consiste este equipamento de proteção individual, nem o montante cobrado, havendo o sentimento pelo consumidor de que só no local e às vezes só mesmo depois da prestação do serviço recebe uma fatura com um valor que desconhecia, sendo essa falta de informação e transparência a principal razão das reclamações", detalha a responsável da Deco.
Os valores cobrados também são muito diferentes de unidade de saúde para unidade de saúde. Ana Sofia Ferreira já viu queixas que detalhavam cobranças de 5 a 40 euros, mas as unidades de saúde são tantas que não descarta que existam valores mais elevados.
Defendendo que o Governo imponha limites, a Deco diz que "nas principais unidades de saúde, nos grupos, mesmo aí existem diferenças (5, 8, 10 euros...), mas depois ainda temos as clínicas dentárias onde é ainda mais variável, havendo quem cobre os 5 euros e outras que chegam aos 30, 40 euros..."
A associação receia igualmente que as taxas tenham tendência para crescer, "proliferar", recordando "algumas reclamações relativas a clínicas dentárias em que além dos equipamentos de proteção individual são cobrados, também, kits de desinfeção, limpeza e higienização".