Duarte Lima foi detido esta quinta-feira de manhã em Lisboa com o filho. Várias fontes avançam que está em causa branqueamento de capitais que deverá estar relacionado com o BPN.
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O advogado Duarte Lima foi detido pela Polícia Judiciária ao abrigo de uma mandado de detenção relacionado com o BPN por alegados crimes de fraude, disse à Lusa fonte policial.
A mesma fonte indicou que o ex-deputado vai ser agora presente no Tribunal Central de Investigação Criminal, em Lisboa, para primeiro interrogatório judicial, que será conduzido pelo juiz Carlos Alexandre.
O jornal Público também avança que o antigo deputado do PSD está indiciado por branqueamento de capitais no âmbito do caso BPN.
O antigo deputado do PSD terá sido surpreendido às primeiras horas da manhã na casa onde estaria a morar, segundo o Correio da Manhã.
O pedido de extradição das autoridades do Brasil, onde Duarte Lima é acusado do homicídio de Rosalina Ribeiro, não deve ser para já analisado, de acordo com o Correio da Manhã. Duarte Lima poderá ficar em prisão preventiva, refere ainda o jornal.
O caso envolve um empréstimo de 42 milhões de euros que Duarte Lima e o filho pediram ao BPN, para a compra de 35 terrenos em Oeiras. A ideia era construir naquela zona as instalações do Instituto Português de Oncologia (IPO).
Estávamos em 2007, mas o projecto não avançou. Os terrenos desvalorizaram e em 2009, quando o BPN já estava nacionalizado, exigiu renegociar o contrato para obter uma caução. Duarte Lima pagava uma prestação mensal de 120 mil euros.
Na semana passada, o jornal Correio da Manhã avançava que o BPN penhorou bens do advogado no valor de quase seis milhões de euros.
O antigo deputado tinha até à passada quinta-feira para entregar quadros e porcelanas que tinha dado como garantia.
A revista Sábado, que revelou o caso, disse que o BPN chegou a mandar um camião a casa de Duarte Lima para recuperar estas peças. Ora, como isso não terá acontecido, o advogado acabou mesmo por ser detido.
A revista Sábado adianta na edição online que além de Duarte Lima, foram detidos o filho Pedro Lima e um sócio dos dois, Vítor Igreja Raposo, ex-deputado do PSD.
De acordo com a revista, estão em causa suspeitas de fraude fiscal, falsificação, burla e tráfico de influência.
Contactado pela TSF, o BNP recusou-se a fazer comentários sobre este caso.
Notícia actualizada às 10:12.