Duarte Lima, arguido no processo Homeland, relacionado com crédito obtido no BPN para aquisição de terrenos em Oeiras, disse hoje em julgamento que está «acusado de crimes vergonhosos» que afetam a sua honestidade, negando o seu envolvimento.
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Duarte Lima considera que é a sua vida que «está em causa» no julgamento na 7.ª Vara Criminal de Lisboa. Na intervenção que realizou na sessão de julgamento, a que a Lusa teve acesso, o ex-deputado afirmou que está «acusado de crimes vergonhosos» que afetam a sua «honestidade» e «honra».
O antigo deputado do PSD reafirmou a «inocência quanto aos crimes» de burla qualificada, abuso de confiança e branqueamento de capitais. «Não posso ser condenado por aquilo que não fiz», referiu Duarte Lima.
Na exposição que leu no tribunal, Duarte Lima referiu que ficou demonstrado em tribunal que «não foi praticado nenhum dos crimes» que lhe foram imputados.
«No contexto desta investigação e acusação, e de todo o aparato público, deixei de ser um homem, para passar a ser uma etiqueta, um selo, um carimbo, um símbolo que representava a incarnação do mal. Vivi uma espécie de morte cívica», disse.
O antigo presidente do grupo parlamentar do PSD criticou o procurador da República neste processo, afirmando que José Nisa «não foi capaz de se libertar do preconceito» contra o arguido e lembrou que «logo na primeira audiência», o magistrado evidenciou "preconceito".
Duarte Lima assinalou ainda que este processo teve um efeito «destrutivo e devastador» na sua vida e na do filho, Pedro Lima, também arguido.