Duas novas residências universitárias em Faro para dar resposta à falta de alojamento
Estas duas novas residências terão capacidade para 287 alunos
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A Universidade do Algarve (UALG) assinou esta sexta-feira o Contrato de Empreitada das duas Novas Residências Universitárias nos campus da Penha e Gambelas. É uma obra financiada no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em 15,8 milhões de euros e vem juntar-se à renovação de mais seis residências desta escola de ensino superior, num total de 850 camas para estudantes.
Estas duas novas residências terão capacidade para 287 alunos (125 no Campus da Penha e 162 no Campus de Gambelas).
Parte destas residências universitárias (as casas de banho e as copas) vão ser construidas em fábrica, num sistema modular e podendo ser instaladas assim que a estrutura do edifício esteja levantada. Poupa-se tempo numa obra que se quer pronta em 13 meses. Apostam também em soluções inovadoras ao nível do isolamento térmico e energia.
Apesar da Universidade do Algarve ficar com mais de oito centenas de camas para estudantes nas suas residências, o número ainda é reduzido para tantos estudantes deslocados.
"Num universo de 10 mil estudantes a nossa estimativa é que sete mil sejam deslocados", afirma o reitor.
Paulo Águas adianta que alunos de concelhos próximos de Faro conseguem deslocar-se diariamente, mas os que são de mais longe, mesmo residentes no Algarve, não têm essa capacidade, pela falta de transportes existente na região.
Nesse sentido, o reitor critica o número de apartamentos que estão destinados ao Alojamento Local (AL) na cidade e diz ter “sérias dúvidas em relação a certas soluções de AL”.
"Uma coisa é o papel que o AL teve na renovação de edifícios devolutos, outra é termos prédios de apartamentos em que o 5º esquerdo é alojamento local”, exemplifica.
Paulo Águas considera que “a médio prazo quem fica a perder é a região e a cidade” e que "poderíamos ter mais estudantes de fora de Faro”.