As detidas vão agora ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação de eventuais medidas de coação
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Uma mulher, de 81 anos, foi detida pela alegada autoria de cinco incêndios florestais, ocorridos entre 26 de junho e 7 de agosto, na localidade de Outeiro, concelho de Paredes, distrito do Porto, indicou esta segunda-feira a Polícia Judiciária (PJ). Foi também detida uma outra mulher de 81 anos por suspeitas de atear pelo menos um incêndio florestal no Lugar de Revezes, no Ameixial, em Loulé.
Relativamente à primeira, a PJ adianta em comunicado que “os incêndios tiveram lugar sempre na mesma área de acesso, em períodos horários próximos e em datas distintas, sendo certo que, pelo menos, em duas das situações foram criados vários focos de incêndio de forma sequencial, aparentemente para maximizar o efeito do fogo".
Segundo esta força de investigação criminal, “além de colocarem em perigo uma mancha florestal significativa e muitas residências”, os incêndios “causaram uma área ardida próxima dos 20 hectares de floresta e mato, não tendo maiores consequências apenas porque foram precocemente detetados e prontamente combatidos”.
A detida “não apresentou qualquer motivação para a autoria dos incêndios”, estando “indiciada pela autoria de, pelo menos, cinco crimes de incêndio florestal”.
Já sobre a idosa de Loulé, a PJ esta é suspeita de atear um incêndio naquele local em 13 de setembro, sendo que as autoridades têm a “forte convicção” de que a mulher tenha também sido responsável por mais ignições no mesmo lugar.
Segundo as autoridades, pelo menos desde 12 de março de 2024 que se têm vindo a verificar ignições no Lugar de Revezes, num total de seis.
A mulher terá ateado o incêndio com recurso a chama direta num coberto vegetal composto, essencialmente, por combustíveis finos secos e mortos, especifica a PJ.
Para este incêndio foram mobilizadas as corporações dos bombeiros de Almodôvar, Loulé, S. Brás de Alportel e Faro, meios da Junta de Freguesia do Ameixial e uma patrulha da GNR.
Nesse dia, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) previa para a região tempo bastante quente e seco, com temperatura máxima de 38º C e índice de humidade relativa do ar inferior a 30%, condições que determinaram a emissão de alerta vermelho para o risco de perigo de incêndio.
As detidas vão agora ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação de eventuais medidas de coação.