A vice-presidente do Instituto de Apoio à Criança considera que as vítimas são mais importantes que os condenados.
Corpo do artigo
Dulce Rocha, vice-presidente do Instituto de Apoio à Criança (IAC) defende a criação de uma base de dados com imagens de crianças vítimas de abusos sexuais.
Para Dulce Rocha, o debate tem estado descentrado, quando se discute a criação de uma base de dados de pedófilos.
A magistrada, que já presidiu à Comissão de Pproteção de Menores e Jovens em risco, sublinha que o mais importante são as vitimas - não os condenados por abusos sexuais.
Por isso, a responsável do IAC apela à criação de uma base de dados com imagens das crianças, que ajudaria a identificar e apoiar as vitimas de abusos.
A criação de uma base de dados com imagens de crianças vítimas de pornografia infantil já tinha sido defendida por um inspetor-chefe da Polícia Judiciária. Dulce Rocha sublinha que a exploração sexual está muito ligada ao fenómeno das crianças desaparecidas.
No ano passado, e de acordo com as contas do Instituto de Apoio à Criança, desapareceram 42 crianças em Portugal.
No Dia Internacional da Criança desaparecida, que hoje se assinala, o IAC promove uma conferência, esta manhã, na Assembleia da república, sobre as crianças desaparecidas e exploradas.