É crime punido com multa até 500 euros. Estudantes e polícia municipal recolhem beatas na baixa do Porto
No Porto, durante esta tarde, dezenas de estudantes e polícias dedicaram-se à limpeza das pontas de cigarros
Corpo do artigo
A iniciativa surgiu por parte da polícia municipal que convidou a Federação Académica do Porto (FAP) e as respetivas associações de estudantes, para realizar esta ação de sensibilização, a propósito do Dia Mundial do Não Fumador, comemorado este domingo.
De luvas e sacos na mão, os estudantes da Academia do Porto juntaram-se à polícia municipal para apanhar pontas de cigarros no centro da cidade.
Espalhados pela cidade, os estudantes tratam da limpeza enquanto os agentes policiais distribuem panfletos que alertam para as coimas aplicadas pela chamada lei das beatas.
O comandante Leitão da Silva destaca à TSF que esta é a segunda vez que convidam estudantes universitários para participar na atividade.
“A FAP quis-se alinhar com a polícia municipal e dentro de algumas iniciativas de policiamento comunitário estamos aqui, obviamente numa múltipla perspetiva, não é só numa perspetiva de se perceber quais são os efeitos nefastos do consumo de tabaco, mas sobretudo também para alertar para algumas situações de saúde pública, do abandono das beatas, de algumas coimas associadas ao abandono de beatas na via pública, sobretudo para demonstrarmos que as ruas do Porto podiam estar bem mais limpas se houvesse uma maior consciência e sobretudo se as pessoas não fumassem”, considera.
Já Francisco Fernandes, presidente da FAP, confessa que não sabia da grande quantidade de beatas espalhadas na cidade e fala também nos valores das coimas aplicadas pelo abandono de beatas fora dos sítios adequados.
“Ainda há pouco estava a vir até aqui aos Aliados e estava a pensar, ‘mas há assim tantas beatas no chão?’, e fui olhando para o chão e realmente há e muito mais do que em pleno século XXI e em 2024 seria aceitável. Portanto, juntamo-nos aqui estudantes à polícia municipal de braço dado, para consciencializar as pessoas, os cidadãos, que, por um lado, fumar mata, faz mal, é mau para a nossa saúde, por outro lado, temos de preservar as nossas ruas, do nosso Porto, da nossa cidade Invicta. É crime e atirar beatas para o chão pode levar até uma multa de 500 euros”, refere.
Pela Avenida dos Aliados, Joana Cunha, estudante na Escola Superior de Saúde, juntamente com os colegas de praxe, conta encher a caixa que lhes foi atribuída até ao fim da atividade.
“Está a ser gira a experiência, já apanhei bastantes [beatas], eu acho que nós vamos conseguir enchê-la [a caixa]. Estamos a trabalhar muitos em conjunto, conseguimos apanhar muitas, então estamos num bom caminho”, sublinha.
No fim, os estudantes voltam a encontrar-se junto da reitoria da Universidade do Porto para apurar o impacto exato daquela ação de sensibilização.
