Montenegro diz ser "lamentável" só pensar em negociar com sindicatos "na semana seguinte ao arranque do ano escolar"
O líder do PSD considerou lamentável que só uma semana depois do início das aulas arranquem as negociações com os sindicatos para tentar reformular o modelo de contratação de professores.
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Luís Montenegro criticou, esta quinta-feira, o Governo por o novo ano letivo ficar novamente marcado pela falta de docentes.
"É lamentável que se pense nisso, na semana seguinte ao arranque do ano escolar, porque isso devia ter sido pensado e realizado antes de o ano escolar abrir", disse.
"Se há marca que esta abertura do ano escolar já tem é precisamente a lacuna que há de preenchimento dos lugares de professores e a circunstância de se repetir este ano aquilo que já o ano passado foi altamente penalizador para os nossos estudantes, que foi muitos deles não terem professor, até inclusivamente o ano inteiro em algumas disciplinas", acrescentou.
Em Vouzela, no âmbito de uma visita a propósito do roteiro Sentir Portugal, o líder do PSD, disse ainda não ser contra a contratação de professores por parte das escolas, acusando o Governo de pensar tarde e a más horas nesta solução.
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"Há muitos anos que o PSD defende maior autonomia das escolas, maior descentralização na área da educação. Há muitos anos que o Partido Socialista diz que nem uma coisa, nem outra são prioritárias ou então quando diz faz uma coisa contrária àquilo que diz e, portanto, eu só posso neste momento anotar que também aí o Governo chega tarde e a más horas", criticou.
Na opinião de Luís Montenegro, este tipo de medida, para solucionar o problema da falta de docentes, devia ter sido tomada antes do arranque das aulas.
"Isso são coisas que deviam ser feitas para programar o início do ano escolar e não é primeiro iniciar-se o ano escolar e agora a seguir vamos tomar medidas que deviam ter evitado o problema, que é neste momento aquele que mais afeta a qualidade e o funcionamento do sistema de ensino, que é a falta de professores", afirmou.
Em declarações aos jornalistas, Luís Montenegro desafiou ainda o executivo de António Costa a cumprir o plano de recuperação das aprendizagens após dois anos letivos marcados pela pandemia da Covid-19.