"É o dia com mais ocorrências no ano de 2025." Mais de dois mil bombeiros mobilizados para combate às chamas
O incêndio em Arouca é o que mais preocupa as autoridades. A Proteção Civil espera que o combate aos fogos de Penamacor e de Nisa evolua favoravelmente durante a noite
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Foram registadas 132 ocorrências por incêndios esta terça-feira, tornando-se no dia com "mais ocorrências no ano de 2025", anunciou esta terça-feira a Autoridade de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
"É o dia com mais ocorrências no ano de 2025, com 132 ocorrências até ao momento", adiantou o comandante nacional Mário Silvestre, num balanço feito aos jornalistas na sede da ANEPC, referindo que mais de 2700 bombeiros foram mobilizados para o combate às chamas.
De todos os incêndios, há 17 que merecem maior preocupação por parte das autoridades, inclusive o de Arouca, que "coloca em risco a população de Castelo de Paiva e Arouca", acrescentou.
Mário Silvestre disse que foram assistidas 20 pessoas, incluindo 14 bombeiros.
Um dos incêndios, em Alcanede, atingiu uma pecuária, matando animais.
Questionado sobre as declarações da ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, o comandante disse que em causa está "uma complementaridade de recursos" e desvalorizou as palavras: "Não há contradição. (...) Se eu tiver só meios aéreos a trabalhar numa ocorrência e se não tiver depois capacidade para intervir nesse espaço, consolidando o trabalho com forças no terreno, a probabilidade de ter uma reativação é extremamente elevada. O meio aéreo, portanto, em si não resolve."
Ainda assim, ressalvou, não deixa de ser importante o pedido de meios aéreos pesados que vários autarcas têm feito.
A Proteção Civil espera que o combate aos fogos de Penamacor e de Nisa evolua favoravelmente durante a noite.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, e a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, deslocaram-se esta terça-feira à sede do organismo para acompanharem a “situação crítica” dos incêndios.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou estar a acompanhar a evolução dos incêndios em permanente contacto com os autarcas, considerando correta a estratégia de proteger as povoações das zonas atingidas pelo fogo.