"Estamos a fazer o máximo." Governo prevê que plano para evitar falta de médicos possa avançar em agosto
"Há coisas que só se resolvem com soluções estruturais, com uma negociação da carreira médica, com a valorização do trabalho dos enfermeiros e a criação de novas carreiras, que estão em desenvolvimento", afirmou Marta Temido.
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A ministra da Saúde, Marta Temido, espera que o plano desenhado pelo governo para garantir que não há falta de médicos nas urgências até ao final do ano já produza resultados em agosto.
A ministra foi confrontada, em declarações aos jornalistas, com o facto de um pouco por todo o país haver hospitais que vão ter de encerrar os serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia, bem como blocos de parto.
"Neste momento, aquilo que nós tínhamos programado conseguir fazer até este momento, conseguimos realizar", afirma Marta Temido.
"Os sistemas de saúde têm problemas, a vida tem problemas. A questão é: como é que nos posicionamos em relação aos problemas? Há uns que baixam os braços, outros dizem que não há nada a fazer e que está tudo mal e há uns que fazem, como nós estamos a fazer", realçou.
Questionada se o que o Governo está a fazer é suficiente, a ministra respondeu que "é o máximo possível neste momento".
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"Há coisas que só se resolvem com soluções estruturais, com uma negociação da carreira médica, com a valorização do trabalho dos enfermeiros e a criação de novas carreiras, que estão em desenvolvimento", sublinhou.
Porém, de acordo com a titular da pasta da Saúde, existem outras situações que "são mais pontuais" e para as quais não são necessárias soluções de fundos, mas sim medidas "que minimizem os problemas".
Estamos nessa fase. Temos que ir construindo a bicicleta ao mesmo tempo que vamos montando as rodas. O que não podemos perder é a fé em que vamos melhorar as coisas", frisou.
Realçando que problemas idênticos já ocorreram em anos anteriores, Marta Temido considerou que, este ano, ganharam "maior visibilidade".
"Infelizmente, é uma realidade que se repete em algumas épocas do ano", referiu, indicando que "os mesmos problemas" também se verificam noutros países europeus.