O alfarrabista é homenageado esta tarde pelo trabalho como livreiro e contributo para a identidade cultural do Porto.
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Nuno Canavez trabalha há 75 anos na Livraria Académica, uma das mais antigas da cidade do Porto, e é homenageado esta tarde pelo trabalho como livreiro e contributo para a identidade cultural da cidade.
O alfarrabista deixou Mirandela aos 13 anos e mudou-se para a cidade do Porto à procura de uma vida melhor. O primeiro emprego foi como marçano na Livraria Académica e nunca mais deixou os livros.
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Foi a 11 de outubro de 1948 que Nuno Canavez começou a trabalhar na Académica. Esta manhã, como habitualmente, pouco antes das 9 da manhã, abriu a livraria. "São os livros que me dão vida, estou sempre à espera que chegue a manhã para vir para o meu santuário. Os livros são a minha paixão".
Rodeado por milhares de livros, todos organizados, Nuno Canavez tem clientes/ amigos há décadas e esta manhã recebeu a visita de Pedro Sá, que fez questão de vir dar os parabéns. "É uma homenagem justíssima, bem merecia, é um símbolo da cidade, uma pessoa muito acarinhada pelos clientes e amigos, um grande conhecedor dos livros. É mais que justa esta homenagem".
Nuno Canavez deixou Mirandela aos 13 anos, respondeu a um anúncio de emprego e começou a trabalhar como marçano na Livraria Académica, varria o chão, entregava encomendas, mas pouco tempo depois passou para o balcão e nunca mais saiu. Tem 88 anos e é aqui que quer continuar. "Este é o meu mundo, o contacto com os livros, poder ler um livro, um trecho, este mundo encanta-me, assim como os meus clientes", conta.
O Museu e Bibliotecas do Porto presta esta tarde homenagem a Nuno Canavez, a partir das 18 horas, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett. A entrada é livre.