A Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia alerta para o perigo de mergulhos em locais de profundidade desconhecida.
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A Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia realiza este domingo uma ação de sensibilização nas praias da Costa da Caparica. O objetivo é sensibilizar para os perigos de mergulhar em zonas desconhecidas.
Esta ação ocorre depois de, em 2012, ter sido feito um levantamento nacional junto de todos os serviços de ortopedia e neurocirurgia dos hospitais sobre as lesões na coluna causadas por acidentes de mergulho.
De acordo com a análise, em metade dos casos os acidentes resultaram em lesões definitivas, atirando as vítimas para uma cadeira de rodas, em estado paraplégico ou tetraplégico.
Segundo Jorge Mineiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia, os jovens são os principais destinatários desta campanha, «no sentido de terem cuidado e terem a noção de que é perigoso mergulhar em águas em que não conhecem a profundidade».
O ortopedista recorda que os acidentes de mergulho não acontecem apenas no mar mas também em piscinas. Por isso mesmo, defende a criação de leis para a utilização das piscinas.
«Portugal é dois poucos países da Europa que não tem uma regulamentação sobre vigilantes nas piscinas públicas. Algumas têm vigilantes mas é a titulo privado», adianta o especialista.
Jorge Mineiro lembra também o caso de muitas piscinas que não têm profundidade suficiente para mergulhar e não têm qualquer aviso que alerte o público em como não se pode mergulhar.