"É preciso criar o Estado palestiniano." Marcelo confronta manifestantes pró-Palestina e defende-se de críticas
O Presidente da República ouviu os presentes num protesto frente ao Palácio de Belém.
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Marcelo Rebelo de Sousa confrontou este domingo vários manifestantes pró-Palestina que se concentraram em frente ao Palácio de Belém, em Lisboa, no jardim Afonso de Albuquerque.
O Presidente da República percorreu a pé a multidão que empunhava cartazes e bandeiras da Palestina enquanto gritavam palavras de ordem para apelar a um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
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"Marcelo, aprende a história da Palestina", gritou uma manifestante, enquanto outro lembrava que o Presidente "já não é comentador", pelo que devia assumir uma postura de diplomata em todas as ocasiões.
Em resposta às críticas que ouviu na multidão, Marcelo defendeu que sempre assumiu uma postura contra o terrorismo, mas "a favor do Estado da Palestina", e rejeita que tenha responsabilizado os palestinianos pela escalada do conflito contra Israel.
"Esteve mal", condenou uma manifestante, referindo-se às palavras que o Presidente da República dirigiu ao chefe da missão diplomática da Palestina em Portugal na sexta-feira. "A posição portuguesa é a mesma do engenheiro Guterres (...) disse o que Portugal pensa."
"Disse 'um grupo começou agora', mas noutras ocasiões outros grupos começaram", argumentou, reiterando que "é preciso criar o Estado palestiniano"
Segundo a RTP, o Presidente foi o primeiro a chegar ao local, onde esperou pela chegada dos manifestantes. Depois, percorreu a multidão, apresentando as suas explicações, sempre com um sorriso.
A manifestação para exigir o fim da ocupação da Palestina e o cessar-fogo na Faixa de Gaza foi promovida pelo Coletivo pela Libertação da Palestina.