É preciso um "ganhador inequívoco" nas próximas legislativas, diz Passos Coelho
A pouco mais de dois meses das eleições, o primeiro-ministro e líder do PSD diz que, a bem da estabilidade, é importante que haja um vencedor claro mas não diz se apresenta a demissão em caso de derrota.
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Pedro Passos Coelho defendeu esta terça-feira, em entrevista à estação de televisão SIC, que é preciso que haja "um ganhador inequívoco" nas próximas legislativas.
Questionado sobre a crítica - mais uma vez repetida durante o estado da nação- de que "mentiu" ao não cumprir o que prometeu em campanha eleitoral, o primeiro-ministro admitiu que a situação que encontrou fez com que tivesse que seguir outro caminho.
Na contagem decrescente para as eleições legislativas, o primeiro-ministro recusa traçar cenários e defende apenas que seria preferível, a bem da estabilidade, que haja um vencedor claro mas não disse se se demite em caso de derrota.
Sobre as Presidenciais, Passos Coelho mantém o tabu até depois das Legilsativas para "não confundir o discurso político".
"Independentemente de todos os factos, não iremos fazer nenhuma escolha daqui até lá e não irei perder um segundo a falar de Presidenciais daqui até às legislativas", disse.
Nesta entrevista, a partir da sua residência oficial, em São Bento, Passos Coelho voltou a considerar "arriscada" a proposta do PS de reduzir a taxa social única para fomentar o crescimento da economia.
O chefe do Governo falou também da Grécia para dizer que, sem acordo, a saída temporária da Grécia do euro era inevitável. O primeiro ministro defendeu que, sem acordo, fecharia a torneira de financiamento do Banco Central Europeu e os gregos teriam de criar uma moeda própria.