"É um problema grave." Sindicato espera que os empregos na Megasa se mantenham
Em declarações à TSF, o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins diz que o aumento dos preços da eletricidade vem juntar-se a outros problemas do setor.
Corpo do artigo
A siderurgia Megasa anunciou esta sexta-feira a suspensão da atividade, devido ao aumento dos preços da eletricidade, mas o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins, José António Machado, está convicto de que os 700 empregos diretos se mantenham.
"Não direi que estejam em risco neste momento, porque o problema que se passa na siderurgia portuguesa é o que se está a passar em todas as siderurgias da Europa. É um problema que é grave e, ainda por cima com a subida dos custos da energia, é complicado", considera em declarações à TSF.
Ainda que a empresa tenha suspendido a atividade, o sindicalista espera que "a empresa retome a sua atividade e que continue a desenvolver e a assegurar os postos de trabalho logo que esta fase termine".
TSF\audio\2022\03\noticias\12\jose_antonio_simoes_1_nao_e_preocupa
A solução da empresa passa por antecipar a pausa anual na produção - que costuma acontecer no verão -, o que faz com que os trabalhadores não estejam em lay-off, mas a gozar um período de férias.
Para José António Simões, o aumento dos preços da energia estão a afetar todos os setores de atividade e não unicamente a metalurgia. Este é mais um problema a juntar-se a outros que o setor já vivia.
"É mais um problema em cima dos problemas que já vinham tendo por causa da epidemia também. É mais um contrapeso em cima da siderurgia", explica.
Da reunião entre o presidente do sindicato e a Megasa saiu a garantia de que os salários vão continuar a ser pagos. Uma nova reunião irá ter lugar na próxima semana.