"É um sonho de qualquer fotojornalista." ​​​​​​​World Press Photo premeia Nuno André Ferreira

Nuno André Ferreira reagiu com "orgulho" e "satisfação" ao terceiro lugar na edição deste ano do World Press Photo, num prémio que é também um sonho tornado realidade.

O fotojornalista da Agência Lusa foi galardoado por um trabalho sobre o incêndio que ocorreu no verão do ano passado em Oliveira de Frades.

"Ainda não abri uma garrafa de champanhe, mas claro que estou satisfeito, muito satisfeito, é um sonho de qualquer fotojornalista", começa por afirmar à TSF Nuno André Ferreira, acrescentando que esta "é uma das se não a maior distinção que podia" receber e "a melhor forma" de ver o seu trabalho valorizado.

Audio audio TSF\audio\2021\04\noticias\15\naf_um_orgulho_ainda_nao_abriu_champagnhe Ouça as declarações de Nuno André Ferreira à TSF após receber o prémio

Para o fotojornalista, este prémio é também o reconhecimento do trabalho desenvolvido pela classe em Portugal.

Nuno André Ferreira conversou com a TSF quando ainda estava a decorrer a sessão de entrega dos galardões, que este ano, devido à pandemia, se realiza em formato online. O telemóvel tem estado sempre a tocar.

"Está a ser um início de tarde ao telefone, a receber muitos telefonemas, alguns que não consigo atender, mas sim estou a ser um bocado concorrido", afirma, entre risos.

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A imagem premiada retrata o fogo que lavrou em setembro de 2020 em Oliveira de Frades, em que morreu um bombeiro.

A fotografia foi tirada à noite. Nela podem ver-se as chamas, ao longe, e numa estrada está parado um carro. Na viatura encontra-se um bebé numa cadeira. Os pais e outros populares tinham saído de casa para ver o andamento das chamas, que estavam a chegar a uma aldeia.

"Penso que há ali um contraste que a mim não me deixou indiferente e penso que também não deixou indiferente o júri. É o contaste entre aquela criança, com aquele olhar ternurento, e o incêndio. Uma criança daquela idade não tem a noção daquilo que é um incêndio", conclui.