"É uma cidade que construímos." Um ano depois da JMJ, Moedas garante que vai manter investimento no Parque Tejo
Em declarações à TSF, o autarca considera que os 30 hectares construídos na parte oriental de Lisboa são o maior legado da JMJ
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O presidente da Câmara Municipal de Lisboa garante que vai manter o investimento no Parque Tejo. Ouvido pela TSF no dia em que se assinala um ano desde que a capital recebeu a Jornada Mundial da Juventude, Carlos Moedas afirma que os 30 hectares construídos na parte oriental de Lisboa são o maior legado da Jornada.
"Conseguimos deixar à cidade uma nova parte da cidade, conseguimos construir e fazer cidade com 30 hectares, que são 30 campos de futebol. É uma cidade que construímos, que é verde. Muitas vezes os políticos pensam em cidades de betão, nós pensámos numa cidade verde e deixámos esse verde à cidade, mas, sobretudo, foram dias de uma alegria, de uma disposição e de uma maneira de estar na vida únicas. Eu acho que, mais do que tudo, é isso que sinto, talvez alguma saudade desses dias entre 1 e 6 de agosto em que a união dos lisboetas superava tudo", afirma à TSF Carlos Moedas.
O autarca assegura que o município vai continuar a olhar para o Parque Tejo, uma zona que Moedas quer manter "desafogada". "Eu não quero que nada seja construído. Aquilo que está ali é o verde, obviamente, poremos mais árvores, teremos ali mais algumas coisas, mas não há aqui nenhum projeto megalómano e eu acho que é muito importante que a política seja feita assim, com simplicidade e com grandes projetos", considera, referindo que, hoje em dia, as pessoas passeiam com as famílias e praticam desporto naquela zona da cidade.
"É isso que nós queremos e, sobretudo, fazendo poucos eventos, porque faremos sempre ali muito poucos eventos e queria dar essa segurança aos lisboetas. O Rock in Rio é um evento muito especial da nossa cidade, a partir daí, que esses eventos contribuam também para estes projetos para a cidade", adianta.
Um ano depois da Jornada Mundial da Juventude, Carlos Moedas fala com orgulho dos dias em que Lisboa recebeu milhares de pessoas de todo o mundo e o Papa Francisco. O autarca recorda que muitos duvidaram que o projeto pudesse ter um retorno positivo para a cidade.
"Não foi sempre fácil e quando nós chegámos deparei-me com um terreno baldio de lixo, praticamente nada feito e tivemos de construir um evento para 1,5 milhões de pessoas e muito poucos acreditavam que fôssemos capazes de realizar o evento, que a Câmara Municipal conseguisse fazê-lo. Muitos também não acreditavam que o retorno económico existisse e acabámos por provar que todos aqueles que tinham dúvidas estavam errados, porque conseguimos ter a criação de 10.000 postos de trabalho e 290 milhões de euros de retorno para a economia da região de Lisboa", sublinha.