Instituto Nacional de Estatística elevou estimativa do crescimento económico para 2,2%, acima do último cálculo e mais do que a previsão do governo.
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O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,2% em 2019. O valor foi avançado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A valorização da riqueza produzida pelo país foi superior à prevista pelo governo, que estimava um aumento de 1,9%.
A entidade estatística nacional revê assim em alta a estimativa rápida publicada há duas semanas, que apontou para um aumento de 2%, justificando a alteração com a "incorporação de nova informação" que também afetou as contas de 2018: "face às estimativas anteriores, os novos resultados determinaram uma revisão em alta de 0,2 pontos percentuais (p.p.) das taxas de variação do PIB em 2018, para 2,6% em volume e 4,3% em valor. Esta nova informação implicou também uma revisão em alta de 0,2 p.p. da variação em volume do PIB em 2019, divulgada na Estimativa Rápida para o 4º trimestre", lê-se no comunicado.
O INE escreve que "o PIB aumentou 2,2% em termos reais, menos 0,4 p.p. que o crescimento observado em 2018", explicando que "a procura externa líquida apresentou um contributo mais negativo (-0,6 p.p.) relativamente ao registado em 2018 (-0,4 p.p.)".
As exportações de bens e serviços desaceleraram de 4,5% em 2018 para 3,7% em 2019, enquanto o ritmo de crescimento das importações de Bens e Serviços abrandou de 5,7% em 2018 para 5,2% no ano passado.
Em 2019, a procura interna registou um crescimento de 2,8% em termos reais, menos do que os 3,1% registados no ano anterior.
Já o consumo privado aumentou 2,3% em 2019, desacelerando em relação aos 2,9% verificados em 2018.
Em 2019, o consumo público (despesas das Administrações Públicas) aumentou 0,8%, ligeiramente abaixo dos 0,9% do ano anterior.
O investimento aumentou 6,5% (tinha crescido 6,2% em 2018), refletindo a aceleração dos investimentos duradouros das empresas para 6,4% (5,8% no ano anterior).