Pedro Abrunhosa assinala o boom trazido pela revolução a todos os níveis do ensino em Portugal e os efeitos "da economia à mobilidade social".
Corpo do artigo
O músico Pedro Abrunhosa destaca à TSF, no dia em que Portugal atinge os 17.500 dias em democracia, a educação como o "maior ganho do 25 de Abril a longo prazo".
Com impactos "em todas as vertentes, da economia à mobilidade social", Abrunhosa assinala que durante o período de 17.499 dias em que o país viveu sob uma ditadura, a educação era "limitada, cara, esparsa, reduzida e mal financiada". Por contraste, "quer no Ensino Superior, quer no Básico, quer no Secundário, a democratização trouxe um boom" .
TSF\audio\2022\03\noticias\23\04_pedro_abrunhosa_dia_d
Ainda assim, Portugal continua a "pagar a fatura de 48 anos de estagnação", dado que, defende podia hoje em dia ter "uma investigação científica e académica mais avançada, com resultados para todos nós".
"Não a temos porque o 25 de Abril deu-se, para todos os efeitos e neste campo, há pouco tempo", sublinha.
As comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974 começam esta quarta-feira com uma sessão solene em que serão condecorados militares da "revolução dos cravos" e na quinta-feira evoca-se a crise académica de 1962. Prolongam-se até dezembro de 2026, quando se assinalar meio século das primeiras eleições autárquicas realizadas em Portugal.