No Natal, os restaurantes puderam receber clientes até à meia-noite, mas, sem perspetiva de clientes na noite e no dia de Natal os restaurantes não abriram.
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A abertura mais dilatada dos restaurantes no feriado do Natal e no último sábado não teve qualquer impacto nas receitas porque não há tradição de frequência dos restaurantes nos dias de Natal.
O presidente da PRO.VAR, a Associação Nacional de Restaurantes, Daniel Serra, revela à TSF que esta medida "não teve qualquer efeito". "Aquilo que aconteceu é aquilo que já acontece nos anos anteriores, as famílias têm Natal e têm direito a serem respeitadas, e por essa razão, como é habitual, os empresários e os trabalhadores tiraram o dia de Natal para as suas famílias".
Assim, os empresários voltaram a abrir apenas no domingo, dia em que em muitos concelhos o encerramento dos restaurantes teve que ser às 13h00 - o que inviabiliza o serviço de almoço e não tem efeito nos números da pandemia, defende Daniel Serra.
"A estratégia não é a mais acertada porque, nos fins de semana em que os restaurantes estiveram encerrados, os números das infeções estiveram em linha e não houve influência, por isso, não há aqui uma ligação direta, como se quer fazer querer. Estamos a destruir um setor tão importante como o é o setor da restauração, com efeitos práticos reduzidos", argumenta.
Para o presidente da PRO.VAR, os restaurantes deveriam estar abertos pelo menos até às 15h30 ao fim de semana. Conta até que, neste último domingo, os clientes ficaram surpreendidos quando viram que já não podiam almoçar nestes estabelecimentos.
"Muitos clientes já mostravam alguma indignação e incompreensão pelo facto de o horário ser restrito, manifestando o seu descontentamento. Isto já não atinge só os empresários da restauração, mas os próprios clientes começam a manifestar o seu descontentamento por não poderem fazer uma refeição normal", confessa.
Entretanto a Associação Nacional de Restaurantes pede ao Governo a constituição de um gabinete de trabalho "para que se encontre um equilíbrio entre a economia e a pandemia".
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