Na sua página de Facebook, o vice-presidente da Câmara de Cascais aponta o dedo ao executivo, o maior "desde 1976".
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Miguel Pinto Luz, um dos sociais-democratas que entrou na corrida à liderança do PSD, criticou o Governo recém-empossado, e defendeu mesmo que "passámos de uma geringonça a um elefante bem pesado".
Na sua página de Facebook, o vice-presidente da Câmara de Cascais aponta o dedo ao executivo, o maior "desde 1976": "Maior no sentido mais literal da expressão: tem 70 membros, incluindo o primeiro-ministro. Basta este número para se perceber que não vai ser ágil nem operacional."
Na perspetiva do candidato cor de laranja, um Governo destas dimensões apenas se justificava nos primórdios da democracia constitucional, quando este tipo de governação dava ainda os primeiros passos.
"Haverá problemas de coordenação, de articulação e de sobreposição de pastas e pelouros. Com inevitáveis reflexos no processo de decisão e na capacidade de gestão global", prevê Miguel Pinto Luz, sobre um Governo a que chama de "balofo, obeso, com peso a mais", ao contrário das "boas práticas governativas existentes na União Europeia de que fazemos parte".
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O social-democrata assinala que nem mesmo em governos de coligação houve tantos ministros e secretários de Estado. "Recordo também que o anterior governo do PSD, mesmo em tempo de grave emergência financeira, não necessitou de ser tão grande. Isto também contribuiu para dar respostas mais céleres e eficazes aos problemas. Tinham foco. Dando também um exemplo à sociedade portuguesa: com menos, foi possível fazer mais."
Miguel Pinto Luz antevê que agora, pelo contrário, se fará "menos com mais".
Um outro candidato já anunciado tinha já dirigido duras críticas a este novo executivo. Luís Montenegro, em comunicado, considerou que "este Governo é um susto", tem governantes, Estado e PS "a mais" e "sociedade civil", "independentes" e "experiência empresarial" a menos.
Montenegro acusou o Executivo de António Costa de se tratar de um "governo do aparelho partidário socialista e do aparelho socialista na administração pública".