Nem João Leão, nem o ex-ministro das Finanças luxemburguês Pierre Gramegna conseguiram chegar à barreira dos 80% dos votos necessários.
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O ministro das Finanças, Fernando Medina, revelou esta terça-feira que a eleição para o cargo de diretor executivo do Mecanismo Europeu de Estabilidade "não foi concluída", uma vez que nenhuma das candidaturas (Portugal e Luxemburgo) obteve 80% dos votos. O debate vai, assim, ser retomado na reunião formal do Eurogrupo de setembro.
Numa declaração feita depois da reunião do Ecofin, em Bruxelas, Medina sublinhou que a votação comprou o "valor do professor João Leão" e que, apesar do "resultado muito significativo" da candidatura portuguesa, que tem como adversário o ex-ministro das Finanças luxemburguês, nenhum dos países conseguiu obter, para já, os 80% da maioria dos votos dos acionistas do fundo na sua representação.
"Nem Portugal, nem o Luxemburgo chegaram à barreira dos 80%, e por isso, a eleição não foi concluída. Iremos prosseguir o debate no próxima reunião de setembro, a reunião formal do Eurogrupo e Ecofin", disse o ministro das Finanças.
No balanço da reunião de hoje, Fernando Medina sublinhou que a política orçamental na União Europeia tem de ser "prudente", mas, ao mesmo tempo, manter-se "flexível".
O responsável pelas Finanças assinalou que este ano e no próximo "vamos, seguramente, ter que lidar com dois riscos: o da inflação, que é um risco real e já materializado, (...) mas também os riscos de abrandamento das economias, em particular os que possam resultar de decisões mais agressivas dos fluxos de fornecimento de energia à Europa".