Paulo Raimundo considera que o governo "tem condições excecionais" a nível económico para governar e dar resposta a problemas "urgentes".
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O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo afirma que "o pensamento" do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a propósito da decisão de António Costa de recusar a demissão de João Galamba "é conhecido". Paulo Raimundo considera que "o silêncio" é crítica que não se pode apontar a Marcelo.
"Podemos fazer muitas críticas ao Sr. Presidente da República. Agora há uma coisa que não podemos dizer, é que o Sr. Presidente da República não tem falado sobre a situação. Aliás, se há coisa que o Sr. Presidente tem feito é falar sobre a situação. E, portanto, não se pode dizer que o Sr. Presidente tenha escondido o seu pensamento", afirmou.
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Paulo Raimundo diz que "não há razão para instabilidade" política, e escusa-se a apontar razões para um cenário de eleições antecipadas, acreditando que há condições no atual quadro governativo, para resposta aos problemas urgentes.
"Temos um governo, uma maioria absoluta, temos condições até financeiras excecionais como nunca tivemos. Qual é a dificuldade em dar respostas aos salários, às pensões, ao SNS? Qual é a dificuldade?", questionou, insistindo que o foco deve ser a solução dos problemas do dia a dia.
"É isso que se exige e não andarmos a perder tempo em saber quando é que são eleições, quando é que não são eleições. Concentramos nos problemas das pessoas, isso é que é preciso resolver", afirmou, salientando, porém, que "se só houver eleições, estamos preparados para isso".
"Há poderes e há questões que só o Presidente da República está em condições de decidir e eventualmente avançar. O que nós dizemos é que estamos preparados para tudo o que é necessário e o que é necessário neste momento é resolver os problemas das pessoas", reitera, numa declaração à imprensa portuguesa, em Bruxelas, à margem de um encontro de partidos das esquerdas europeias, no Parlamento Europeu, em Bruxelas.