Eleições/Madeira: Assunção Cristas ouve críticas e sai em defesa da ministra das Finanças
Em mais um dia de campanha para as eleições regionais na Madeira, a ministra da Agricultura e vice-presidente do CDS saiu em defesa da Ministra das Finanças, a propósito das declarações de Maria Luís Albuquerque: «Cofres cheios são para pagar as dívidas».
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Assunção Cristas viajou até ao Funchal com uma intenção clara: «Vir dar uma força ao José Manuel Rodrigues, porque o trabalho que ele tem feito tem sido extraordinário». Mas acabou por ter de explicar as palavras da colega de governo, depois de abordada por uma eleitora madeirense: «A chefe das Finanças diz que os cofres estão cheios, mas há muito povo a passar vergonha, de fome, e tanto dinheiro que se gasta nas eleições».
Assunção Cristas ouviu e José Manuel Rodrigues, o candidato centrista às eleições do próximo domingo, ainda procurou dar uma resposta à eleitora madeirense: «Mas vá votar, vá votar».
Contudo, foi mesmo a ministra da Agricultura que saiu defesa de Maria Luís Albuquerque: «Deixe-me só dizer-lhe uma coisa em defesa da minha colega, os cofres cheios são para pagar as dívidas e para garantir que, se acontecer alguma coisa a outros, nós não somos afetados, porque temos o dinheiro para responder às nossas necessidades, para pagar os salários e as pensões».
Na resposta, a eleitora, insatisfeita, questionou a ministra da Agricultura acerca dos impostos: «Então, se temos os cofres cheios, porque é que temos de entregar às finanças uma vergonha de IVA e de dividendos que se pagam ao estado?».
Impostos que, justifica a ministra, ficam a dever-se ao desgoverno do Partido Socialista, mas, na Madeira, em tempo de eleições, o verdadeiro adversário continua a ser o PSD, como sublinha José Manuel Rodrigues: «O CDS está nestas eleições como alternativa ao PSD. O PSD é responsável pela bancarrota financeira, pelo desastre económico e social, 23 mil desempregados, pobreza a aumentar e mais exclusão social».
E se, no continente, CDS e PSD formam coligação, na região autónoma, os números da governação social-democrata fazem com que uma coligação pós-eleições, mesmo possível, continue a ser um cenário improvável.