No que diz respeito a pedir responsabilidades pelo erro ocorrido, Rui Abreu adiantou que o partido não irá tomar qualquer iniciativa, sustentando que a normalidade está reposta.
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O secretário-geral do PSD/Madeira, Rui Abreu, disse hoje à noite que o partido encarou todo o problema do apuramento dos mandatos com "serenidade", pois sempre confiou ter obtido a maioria absoluta, e não vai pedir o apuramento de qualquer responsabilidade.
«[Encarei] com a mesma serenidade com que vi quando o primeiro edital saiu», declarou Rui Abreu aos jornalistas no Palácio de São Lourenço, a residência oficial do Representante da República onde decorre a assembleia de apuramento geral dos votos das eleições regionais do passado domingo, que começou por retirar o 24º deputado ao PSD e a maioria absoluta, atribuindo um terceiro mandato à CDU.
Mas depois de ter sido detetado um erro no programa informático, por na atribuição dos mandatos não ter sido incluída a votação da ilha do Porto Santo, a assembleia efetuou uma recontagem, que "devolveu" a maioria aos sociais-democratas.
Rui Abreu referiu que depois de divulgado o primeiro edital, os responsáveis do partido foram analisar os números, pois não pretendiam «decidir nada a quente».
«Sempre pensámos que tínhamos a maioria absoluta durante todo o dia. Nunca tivemos dúvidas, nenhumas, antes pelo contrário, porque fomos única força política durante todo o dia que aumentou o seu número de votos comparavelmente com os outros partidos. Estávamos, nesse aspeto, descansados», afirmou.
Questionado pelo facto da diferença de votos [na eleição do 47.º deputado] ser «pouco confortável», embora tenha aumentado de cinco para 12, Rui Abreu assegurou que «esse aspeto não preocupa [o PSD], apontando que essa «foi a vontade do povo».
Quanto ao anúncio da CDU de que pretende recorrer desta decisão da assembleia de apuramento para o Tribunal Constitucional (TC) e outras instâncias, disse: «Os partidos podem tomar as medidas que entenderem, penso que agora podem recorrer apenas para o TC», opinando que a recontagem total dos votos «não deve ser possível».