Eleitores não acreditam na maioria absoluta do PS e querem Costa a governar com o BE
Quase metade dos eleitores que responderam à sondagem da TSF e do JN prefere um Partido Socialista sem maioria absoluta e a governar em coligação. Com quem? O Bloco de Esquerda é o preferido.
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Nem absoluta, nem clara, nem inequívoca. A esmagadora maioria dos portugueses não acredita que algum partido alcance a maioria absoluta nas próximas eleições legislativas. A sondagem da Pitagórica para a TSF e para o JN revela de forma muito clara que a maioria dos inquiridos aponta António Costa como o grande vencedor das próximas eleições o que não significa que queiram o PS a governar sozinho.
Quase metade dos entrevistados (46%) gostava de ver o Partido Socialista a fazer uma coligação com outros partidos. Apenas 17% defende um acordo parlamentar, tal como existiu nos últimos quatro anos, a mesma percentagem dos que preferiam um governo em minoria, com acordos pontuais à esquerda ou à direita, em função do tema.
Entre os que defendem uma coligação do PS com outros partidos, 43% defende que essa coligação deve ser feita com o Bloco de Esquerda. 26% preferem que António Costa chegue a um entendimento com a CDU e apenas 17% preferiam que o secretário-geral do PS se virasse para a direita e recuperasse o velhinho bloco central. Há ainda 8% dos inquiridos que preferiam ver o PS coligado com o CDS, os mesmos 8% que escolheriam o PAN.
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Ficha técnica
Esta sondagem foi realizada pela Pitagórica para a TSF e o JN. O objetivo é avaliar a opinião dos portugueses sobre o índice de rejeição ou de potencial de voto nos líderes partidários bem como a intenção de voto nas eleições legislativas.
O trabalho de campo decorreu entre os dias 8 e 14 de julho, onde foram recolhidas 800 entrevistas telefónicas. A margem de erro máxima é de mais ou menos 3,54% para um nível de confiança de 95,5%. A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores portugueses recenseados e foi devidamente estratificada por género, idade e região.
A taxa de resposta foi de 70,36% e a direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva.
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