Vinte e dois elementos do Grupo de Operações Especiais da Polícia de Segurança Pública (GOE/PSP) não receberam o suplemento de missão que terá sido pago a 36 colegas nas mesmas funções.
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O Estado está a ser processado por ter pagado o suplemento de missão apenas a 36 dos 60 elementos do Grupo de Operações Especiais da Polícia de Segurança Pública (GOE/PSP) que participaram na missão de paz da ONU no Chade e na República Centro-Africana, avança o Jornal de Notícias.
De acordo com o JN, os vinte e dois operacionais que não receberam o subsídio (apesar de cumprirem as mesmas funções que os colegas durante a missão) acusam o Estado de tratamento desigual e pedem ao Tribunal Administrativo de Lisboa que o condene ao pagamento de uma indemnização no montante de 324 mil euros, mais juros.
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O jornal explica que este não é o primeiro conflito dos elementos do GOE com o poder político, até hoje sem visibilidade pública. Na origem desta discrição estará a cultura de secretismo dos GOE e o regime de nomeação destes elementos que saberão, adianta o jornal, que a hierarquia não aprecia protestos.
O JN sublinha ainda que "o tradicional afastamento daquele pessoal em relação aos sindicatos também tem ajudado a esconder problemas".
O presidente da ASPP - Associação Sindical dos Profissionais da Policia - garante que os elementos do Grupo de Operações Especiais estão descontentes, tal como em toda a polícia.
Paulo Rodrigues explica que há desmotivação e "revolta" entre os elementos da PSP: "Há uma grande desmotivação e há uma revolta, até porque estamos a falar de elementos que estão a ser desconsiderados todos os dias. No fundo, quando as pessoas chegam ao um limite, os direitos são tantas vezes atropelados, a discriminação é tanta, a injustiça é tanta que há momentos em que já não dá para aguentar mais."
* e Cristina Lai Men