É o primeiro centro de risco para vítimas de violência sexual financiado pelo governo. Na maioria dos casos, os agressores são o parceiro íntimo da vítima ou outro familiar.
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O centro de risco recebe mulheres a partir dos 16 anos que sofreram crimes de violência sexual. É o primeiro centro de risco para vítimas de violência sexual financiado pelo governo.
Desde que entrou em funcionamento, no início do ano, já apoiou 26 pessoas, só na zona de Lisboa. A Associação de Mulheres Contra a Violência (AMCV), organização responsável pelo projeto, espera alargar o apoio a mais vítimas noutras zonas do país, brevemente.
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Cada vítima é apoiada individualmente por um "gestor de caso", que a acompanha em cada fase do processo de fortalecimento e capacitação. É prestado apoio psicológico e jurídico e há também grupos de ajuda entre vítimas.
A maioria das mulheres é reencaminhada para o gabinete pelos hospitais, pela Polícia Judiciária, pelo Instituto de Medicina Legal, pela CPCJ e outras entidades que prestam serviços sociais. Mas também é possível as próprias vítimas pedirem ajuda, se contactarem diretamente a AMCV.
O executivo socialista fez um investimento de 180 mil euros no projeto. O protocolo assinado entre o Ministério da Justiça, o Ministro-Adjunto e a Associação de Mulheres Contra a Violência (AMCV) previa a parceria com uma instituição de ensino superior, para monitorizar e analisar a viabilidade do centro.
No final do ano, a avaliação externa tem de concluir se o projeto deve ser implementado por mais três anos. Mas, até ao momento, o governo ainda não designou nenhuma universidade para a tarefa.