Operações de rescaldo estão a ser feitas com 600 operacionais no terreno. Sobre o SIRESP, o comando operacional diz que em Góis não houve qualquer falha de comunicação.
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A operação de "rescaldo e vigilância" no perímetro do incêndio que deflagrou no sábado em Góis, distrito de Coimbra, está a ser feita esta sexta-feira por 600 operacionais, apoiados por 140 meios terrestres.
Estão também a operar quatro máquinas de rasto, para criarem zonas de "descontinuidade entre a área ardida e a que não ardeu", disse o comandante operacional Pedro Nunes num balanço da situação feito pelas 9h.
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O incêndio -- que, segundo as primeiras estimativas, destruiu uma área de floresta de 20 mil hectares - foi dado como dominado pelas 7h:40 de quinta-feira, altura em que estavam no terreno cerca de um milhar de operacionais e perto de três centenas de meios terrestres.
Os operacionais e meios que se mantêm no local permanecerão ali durante todo o dia de hoje, para trabalhos de rescaldo e para que, "caso venham a existir reativações, estas sejam debeladas", referiu o comandante operacional, sublinhando que ainda é necessário "muito trabalho" para garantir "o sucesso da operação".
O comandante sublinhou que as previsões apontam para que as condições climatéricas na região sejam hoje idênticas às registadas na quinta-feira, com diminuição das temperaturas e aumento da humidade relativamente aos dias anteriores, referindo que favorecem o rescaldo do incêndio.
Questionado pelos jornalistas sobre falhas no sistema SIRESP - o jornal I escreve na edição desta sexta-feira que o SIRESP falhou durante 14 horas e meia, no fim de semana, entre a tarde de sábado e a manhã de domingo -, Pedro Nunes disse que em Góis não houve "qualquer problema de comunicações", relacionado com o sistema SIRESP (Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal).
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Em Pedrógão Grande, o segundo comandante operacional de Leiria, Mario Cerol diz à TSF que o incêndio está dominado mas ainda não foi considerado extinto. No terreno continuam perto de 330 operacionais.
Entrevistado pelo jornalista Cláudio Garcia, o responsável pela Proteção Civil dá conta de alguns pequenos reacendimentos que não representam, no entanto, qualquer perigo.
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Os incêndios de Pedrógão Grande e Góis deflagraram ambos no sábado e obrigaram à mobilização de mais de dois milhares de operacionais, consumindo um total de cerca de 50 mil hectares de floresta e obrigando à evacuação de dezenas de aldeias.