Já há 30 barragens com menos de 40% do volume de água que conseguem armazenar.
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Apenas uma das doze bacias hidrográficas do país acabou o mês de outubro com mais água que no final de setembro. Em pleno outono as barragens continuaram, em geral, a ficar mais vazias, numa altura em que o país já estava todo em situação considerada de seca.
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Os dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a que a TSF teve acesso explicam que "os valores baixos de precipitação que se têm verificado no início do ano hidrológico ainda não permitiram a alteração nos níveis de armazenamento das albufeiras".
Em paralelo, aumentaram de 26 para 30 as barragens com menos de 40% do volume de água que conseguem armazenar. Em 9 das 12 bacias hidrográficas o armazenamento registado a 31 de outubro é inferior à média histórica das últimas duas décadas, numa situação mais grave no Sado (apenas 25,6% de água armazenada em comparação com a capacidade das albufeiras), Barlavento (30,7%), Lima (33,9%), Arade (40,3%) e Oeste (40,4%).
Em todas as bacias anteriores a situação agravou-se em outubro, mas esse agravamento foi maior no rio Lima: 52,5% para 33,9% em apenas um mês. Nas barragens de bacias como o Tejo, Douro ou Guadiana ainda há, no entanto, muita água, bem acima dos 50% da capacidade de armazenamento.
A bacia do Ave foi a única que acabou o mês com mais água do que tinha em setembro. O Monte da Rocha (9%) no Sado é a albufeira do país com menos água, seguida da Vigia (11%) e Caia (14%), ambas na bacia do Guadiana.