
Gonçalo Villaverde / Global Imagens (arquivo)
Líder da empresa garante que o sistema de incentivos não fomenta a "caça à multa".
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O presidente da Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), Carlos Silva, garante que em junho "já não serão aplicados" os prémios de produtividade na EMEL, mas assinala que o sistema está a ser redesenhado.
Em vigor desde 2009, o sistema sofreu "alterações em 2013" e mantém-se inalterado até aos dias de hoje. Ainda assim, o líder da EMEL discorda da noção de que se trata de "caça à multa".
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Desde que o atual conselho de administração da empresa tomou posse, em agosto do ano passado, "tomou como opção mudar alguns aspetos", entre eles o sistema de prémios.
O tema ainda não está fechado e, apesar da "coincidência de terem acontecido factos que se tornaram públicos e notórios", Carlos Silva diz não estar em "condições de dar uma perspectiva definitiva sobre o que é que será no futuro".
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"De resto, já foi alvo de alguma análise por parte da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal", assinala o responsável pela empresa municipal.
O sistema de incentivos foi notícia na semana passada, depois de o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, que tem o pelouro da Mobilidade, ter dito numa reunião da assembleia municipal que ficou em choque quando teve conhecimento de que havia ganhos remuneratórios associados às multas da EMEL e anunciou que a medida tinha sido "imediatamente suspensa".
Os três fiscais da EMEL que alegadamente agrediram um homem de 35 anos estão suspensos provisoriamente de funções. O caso foi noticiado na semana passada pelo Correio da manhã, que referiu que a alegada agressão envolveu três fiscais, que terão partido três dentes e o nariz à vítima, com 35 anos.
Há uma semana, em comunicado, a EMEL anunciou uma nova Direção de Fiscalização e disse que está desde março a implementar "uma nova filosofia" nesta área, para uma transformação nos processos e na abordagem aos cidadãos.