Quando muitas empresas estão a cortar a produção, devido ao aumento do preço da energia, um pequeno negócio em Vendas Novas tem planos para se expandir. Conheça o segredo do sucesso.
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Tudo começou "a brincar", numa garagem em Vendas Novas.
Com base numa receita da mãe, Paulo Rico criou a Empada Rainha, em 2019. Poucos meses depois, a empada de galinha era distinguida com a medalha de ouro no Concurso nacional de pastéis e empadas tradicionais portugueses, prémio que voltaria a receber no ano seguinte. Já este ano, foi a empada de cogumelos e alho francês a vencer o concurso "Provámos e gostámos". A procura aumentou de tal forma que o negócio teve de transferir-se para um pequeno café, onde Luís, Ana e Gracinda metem a mão na massa. Produzem centenas de empadas por dia.
Luís trata da massa: farinha, sal, gorduras, fermento e água misturados na amassadeira, para cerca de 12 a 14 kgs de massa por dia.
Ana a Gracinda enchem as formas e embrulham as empadas manualmente. São cerca de 10 tabuleiros de recheio, diariamente cerca de 400 empadas.
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Paulo Rico faz a distribuição, mas já não tem mãos para tantas encomendas.
Ainda este ano, a empresa conta mudar-se para um novo espaço, onde Paulo vai precisar de 16 pessoas, em vez dos actuais três trabalhadores.
O proprietário da Empada Rainha de Vendas Novas faz contas à crise. A matéria prima está muito cara: o preço da farinha aumentou e o frango subiu 30 a 40 cêntimos por quilo. Ainda assim, Paulo Rico espera expandir o negócio e experimentar novas empadas: de farinheira, pato com figo e cozido à portuguesa. A mãe, que o ajuda nas receitas, sente-se orgulhosa e a família guarda o segredo do sucesso. Paulo Rico revela apenas alguns ingredientes da Empada Rainha: frango, chouriço, polpa de tomate e umas ervas... milagrosas.
As empadas são para revenda. Podem ser compradas em vários cafés e supermercados. Paulo Rico não tem (ainda) uma loja física, de venda directa ao consumidor.