Os empresários da diversão vão manifestar-se hoje junto ao Conselho de Ministros e da câmara municipal de Lisboa, no dia em que vão ser recebidos pelo presidente do Parlamento Europeu.
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Quatro meses depois de terem cancelado manifestações em Lisboa que duraram 42 dias, a Associação Portuguesa de Empresas de Diversões (APED) volta à rua insatisfeita com a falta de ação do Governo.
Esta manhã, manifestam-se à porta da sede do Conselho de Ministros. Os proprietários de carrosséis dizem-se desiludidos com o Governo, que em fevereiro prometeu estudar soluções para o setor, mas até agora nada fez.
Em declarações à TSF, Luís Paulo Fernandes, presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Diversão, lamenta o silêncio e a ausência de medidas.
Às 11h00, os empresários de diversão vão reunir-se com o presidente do Parlamento Europeu, em Lisboa. O convite para a reunião partiu de Martin Schulz que, em janeiro, chegou a descer a escadaria da Assembleia da República para cumprimentar os empresários que se estavam a manifestar.
Os empresários da diversão acabam o dia com uma manifestação junto à Câmara de Lisboa para contestar a decisão do presidente António Costa de não permitir que instalassem os seus equipamentos na freguesia de Arroios, durante as Festas de Lisboa.
Luís Paulo Fernando diz que os 12 empresários afetados pela decisão de António Costa vão pedir uma indemnização à autarquia.
Em janeiro, os empresários da diversão realizaram protestos diários em várias zonas de Lisboa a alertar para os problemas do setor, incluindo as consequências da introdução do novo sistema de faturação.
As atividades das empresas de diversão eram classificadas como atividades culturais até 2006 e os empresários do setor pretendem regressar a esse estatuto, o que facilitaria o licenciamento, permitiria combater a «concorrência desleal» praticada por operadores estrangeiros e ter o IVA (imposto sobre o valor acrescentado) à taxa intermédia, de 13%, quando atualmente a taxa a que estão sujeitos é de 23%.