O setor da Construção Civil pede ao governo que concretize Plano de investimentos do executivo de Passos Coelho.
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A Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) avisou esta semana que o setor pode perder este ano 35 mil empregos e 8500 empresas. Para evitar que a ameaça se concretize, recomenda ao Governo que acelere a execução do Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas (PETI).
O presidente da AICCOPN quer que o Governo ponha em marcha as obras previstas no Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas. Um documento elaborado pelo executivo de Passos Coelho. Esse prevê a execução de 53 obras, mas segundo Reis Campos "só 16 estão no terreno".
Acrescenta que estão em causa "obras rodoviárias de pequena dimensão, obras ferroviárias de alguma dimensão, obras portuárias e aeroportuárias que são aquilo que o país precisa. Estamos a falar de um investimento de 6 mil milhões de euros até 2020".
O plano prevê, por exemplo, a eletrificação das linhas do Douro, Oeste e Algarve, a construção da linha Évora-Caia, a duplicação da capacidade atual do Porto de Leixões e também o aumento da capacidade dos portos de Lisboa e Sines.
Reis Campos diz que "se Portugal não tem disponibilidade em termos de orçamento, o que nós compreendemos, não pode descurar o dinheiro da União Europeia" destinado a apoiar o desenvolvimento de infraestruturas.
Para evitar que a destruição de mais postos de trabalho e o encerramento de empresas, Reis Campos recomenda ainda ao Governo que procure captar mais investimento externo e oferece aos investidores um "quadro fiscal estável".