Encerramento de lojas? "Apoios anunciados há um mês ainda não chegaram ao terreno"
Tiago Mayan admitiu que não ficou surpreendido com os vários negócios que encerraram, tendo em conta a escassez de apoios.
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Tiago Mayan Gonçalves esteve reunido com empresários afetados pela crise económica, uma conversa que decorreu online. O candidato liberal ouviu os lamentos da Associação de Dinamização da Baixa Pombalina e foi confrontado com 111 encerramentos na baixa lisboeta.
O candidato apoiado pela Iniciativa Liberal conversou com Vasco Mello, da associação lisboeta, que relatou um cenário de dificuldade para os comerciantes da baixa pombalina e revelou que, em consequência da pandemia e das medidas de confinamento, já fecharam 111 lojas.
O empresário alertou ainda que as vendas desceram de 20 a 30%, valor insuficiente para se manterem "à tona da água" e que, além da restauração, também os setores do calçado e da moda estão a ser afetados.
As quebras estão relacionadas com a diminuição do turismo, mas também pelo teletrabalho que afastou muitos trabalhadores daquela zona da cidade.
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Tiago Mayan voltou a apontar baterias ao Governo e defendeu mais medidas para os empresários. "Quando falamos da pandemia, não podemos pensar só num indicador. Há o problema da saúde, mas as medidas que estão a ser tomadas estão a destruir a economia, ouvi isso na reunião com a associação lisboeta. As respostas anunciadas pelo Governo, mesmo sendo poucas, não estão a chegar às pessoas. Medidas anunciadas há um mês, sobre o arrendamento, ainda não chegaram ao terreno", sublinha.
O candidato admitiu, igualmente, que não ficou surpreendido com os vários negócios que acabaram por encerrar, tendo em conta a escassez de apoios do Governo.
Votação nos lares? Saúde e sigilo do voto podem estar em causa
No final da conversa com os empresários, o candidato falou sobre a votação nos lares, que começou esta terça-feira. Tiago Mayan alerta que o sigilo pode estar em causa, assim como a saúde dos idosos.
"O que realmente me preocupa é a saúde dos utentes. Os lares não têm condições para garantir as medidas de segurança, como o distanciamento social. Tudo isto pode soar bem num gabinete da Administração Interna, mas tenho dúvidas de que corra bem", lamenta.
O candidato presidencial lembra que falou sobre o assunto com Rui Moreira, que criticou a opção do Governo desde a primeira hora, porque "os lares no Porto são estruturas muito pequenas que não cumprem as condições de segurança e de confidencialidade no direito ao voto".
Questionado sobre o possível encerramento das escolas, discutido pelo Governo na próxima semana, Tiago Mayan lembra que os especialistas defendiam a abertura dos espaços, uma vez que "não tinham um problema de contágio".
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O candidato liberal apela ao Governo que assuma a responsabilidade das decisões e "dê resposta aos pais que vão ter crianças em casa sem autonomia suficiente para estar sozinhas".
"O Governo vai ter de dar resposta aos pais e garantir que os jovens não fiquem afetados psicologicamente e tenham uma resposta efetiva", diz.
Tiago Mayan Gonçalves reuniu ainda com a Associação Empresarial de Sintra, tendo em vista as eleições presidenciais que decorrem a 24 de janeiro.