O líder do Chega já tinha endereçado um convite a Rui Rio no passado, mas na altura o ainda presidente do PSD recusou.
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O candidato à liderança do PSD, Luís Montenegro, recusa o desafio lançado por André Ventura para uma conversa sobre um "movimento de convergência à direita".
"Eu sei que se está a referir a uma carta que estará em trânsito para as minhas mãos e a minha resposta é simples e objetiva: Não, não vou fazer isso, vou concentrar-me em dar uma alternativa política ao PS, é a oposição ao PS e a construção de uma alternativa ao PS que são a minha motivação nesta campanha", disse Montenegro em declarações aos jornalistas.
Esta é a segunda vez que o líder do Chega envia um convite para um encontro do género, mas na altura foi rejeitado por Rui Rio. Ventura defende que a ideia passa por convergir à direita com o objetivo de formar Governo em 2026.
A TSF tentou uma reação do candidato social-democrata Jorge Moreira da Silva, mas sem sucesso.
O antigo líder parlamentar do PSD disse também ainda não ter sido contactado pelo presidente Rui Rio para uma conversa sobre os projetos de revisão eleitoral e da Constituição que a atual direção tem prontos, mas que já assumiu que só irá entregar no parlamento depois de uma conversa com os dois candidatos à liderança.
Depois de nos Açores ter pedido "bom sendo" a atual direção do partido e do grupo parlamento, Luís Montenegro foi hoje mais claro.
"Eu diria que bom senso é um conceito que toda a gente consegue interpretar e também espero que os deputados, a direção do PSD a saibam interpretar. Mas não fujo à questão: se o PSD fez um trabalho para ter dois projetos um de alteração à lei eleitoral e à Constituição e esse trabalho está feito, nós só podemos agradecer a quem o fez e esperar que o próximo líder e a sua direção façam com ele o que entenderem nos próximos anos", afirmou.
Montenegro disse ainda não conhecer os projetos, mas manifestou a sua disponibilidade para alterar quer a lei eleitoral e a Constituição.
"Só não há alteração à lei eleitoral e à Constituição há muitos anos porque o PS não quer", acusou.