Enfermeiros iniciam greve de cinco dias, mas garantem que população "não tem de se preocupar"
Paralisação decorre entre esta segunda-feira e sexta-feira, 13 de novembro, em todo o país.
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Os enfermeiros iniciam, esta segunda-feira, uma greve de cinco dias, um protesto convocado pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros Portugueses (Sindepor) contra o desgaste e desmotivação destes profissionais, e que o sindicato decidiu manter apesar dos números mais recentes da pandemia.
Em declarações à TSF, o presidente do Sindepor, Carlos Ramalho, disse ter a certeza de que a população estará ao lado dos enfermeiros, que "têm feito muitos sacrifícios ao longo dos anos".
"A população em geral não precisa de se preocupar com as lutas dos enfermeiros, porque os enfermeiros estão, e estarão, sempre ao seu lado. O que pretendemos é um Serviço Nacional de Saúde a funcionar melhor e enfermeiros em número suficiente para prestar cuidados com qualidade e segurança", destaca.
O Tribunal Arbitral, com o apoio expresso do árbitro da parte dos trabalhadores, decidiu alargar os serviços mínimos porque, devido à pandemia, esta não é uma situação "típica ou normal".
Carlos Ramalho admite que gostaria que tivesse havido "uma sensibilidade diferente". No final do dia, para os enfermeiros os serviços mínimos são iguais aos máximos, "o que prova que algo não está bem neste país".
A greve, que decorre entre esta segunda-feira e sexta-feira, 13 de novembro, foi convocada a 23 de outubro. Está convocada para todo o território nacional, com exceção da região autónoma da Madeira.
Segundo o presidente do Sindepor, o sindicato exige o descongelamento das progressões da carreira, a atribuição do subsídio de risco para todos os enfermeiros e, sendo "uma profissão de desgaste rápido", a aposentação aos 57 anos.