Enquanto não há Montijo, companhias aéreas pedem mais voos noturnos em Lisboa
Novo aeroporto no Montijo ainda vai demorar anos a estar pronto. Companhias dizem que até lá são precisas medidas imediatas e queixam-se, também, da falta de funcionários do SEF.
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A Associação Representativa das Companhias Aéreas em Portugal pede medidas "imediatas" que resolvam os problemas no atual aeroporto de Lisboa que está no seu limite de passageiros. Nomeadamente, mais funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e voos noturnos que atualmente, pela proximidade da cidade, estão muito limitados.
O pedido, aos microfones da TSF, surge no dia em que a ANA - Aeroportos de Portugal e o governo assinam um Memorando de Entendimento onde se comprometem a estudar aprofundadamente a solução Montijo para aumentar a capacidade do Aeroporto Humberto Delgado.
O presidente da associação, Paulo Geisler, diz que os constrangimentos em Lisboa são atualmente muitos, limitam as companhias aéreas e trazem-lhes custos acrescidos.
Uma das medidas pedidas com urgência pelas companhias aéreas não tem nada a ver com a estrutura física do aeroporto, mas com a falta de meios humanos no SEF que leva muitos passageiros a perderem as ligações entre voos no aeroporto de Lisboa.
Sobre o novo aeroporto no Montijo, Paulo Geisler diz que o importante é que se encontre uma solução para os constrangimentos que já existem no Aeroporto Humberto Delgado, pelo que a decisão tem de ser rápida, numa altura em que se sabe que antes de começar a construir um aeroporto civil na margem Sul vai ser preciso um estudo do impacto ambiental sobre as aves da Reserva Natural do Estuário do Tejo.