Na última edição do semanário, as palavras cruzadas continham a pista "ensinam quando não estão em greve" para a solução "professores".
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A Fenprof manifestou, em comunicado, a " indignação" por parte de todos os docentes representados em relação às palavras-cruzadas da última edição impressa do jornal Expresso. "No primeiro tópico das suas palavras cruzadas, é inscrita a expressão 'Ensinam quando não estão em greve', revelando uma enorme falta de respeito para com os docentes e a Escola portuguesa", justifica a associação sindical.
Na nota publicada no seu site , a Fenprof fez questão de realçar que os professores têm vindo a ser desrespeitados pelos "sucessivos Governos", num dos países que mais evoluiu "em aspetos como o do combate ao insucesso e ao abandono escolares".
De acordo com a organização sindical, o país não valoriza os "profissionais altamente qualificados" que possui.
"Por isso, a Fenprof, fazendo eco e associando-se à indignação manifestada por muitos e muitos docentes, não pode deixar de exigir, veementemente, um pedido de desculpas aos professores portugueses, pois estes são profissionais que colocam o melhor de si na sua atividade profissional, com rigor, exigência e resultados que não podem deixar de ser valorizado", manifestou a Fenprof.
Para a associação que representa os docentes, com esta pista, tencionava-se "transmitir a ideia de que os professores estão sempre em greve, ficando as sobras para ensinar". "Os Professores portugueses têm, legitimamente, lutado pelos seus direitos que são também os da Escola. O recurso à greve não é feito sem prejuízos dos próprios professores, mas a greve é também um recurso a que têm direito e de que não abdicarão, apesar das pressões, essas sim, ilegítimas, que sobre eles possam ser exercidas."
A Fenprof deixou, portanto, claro que espera um pedido de desculpas do semanário.