O valor de cada bolsa individual é de 1700 euros e em 2020/2021 haverá mais do que as 10 mil do ano letivo ainda em vigor.
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O "Programa + Superior" terá 2230 novas bolsas disponíveis para estudantes no próximo ano letivo, sendo o Norte e o Centro as regiões do país que levam 'a maior fatia', anunciou o Ministério do Ensino Superior.
De acordo com a informação disponibilizada pela tutela, haverá "2230 novas bolsas disponíveis para o ano letivo 2020-2021, correspondendo a um aumento de 18% em relação" ao presente ano letivo.
Tiago Diniz, presidente da Federação Nacional das Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico, afirmou, em declarações à TSF, que "12 mil bolsas são uma boa aposta", mas realça que "o programa ainda precisa de muitas afinações".
O facto de a bolsa ser atribuída em novembro, já depois do ano letivo começar, é um dos problemas apontados pelo responsável, sublinhando que "o pagamento chega tarde e [que] os estudantes muitas vezes já estão no território e já não é a bolsa que faz a diferença na escolha dos estudantes".
Deste total, 800 bolsas serão disponibilizadas para a região do Norte, mais 200 do que no ano letivo 2019-2020, e outras 800 serão atribuídas à região Centro (mais 70), explicita o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Para a região do Alentejo serão disponibilizadas 450 bolsas (mais 45) e para o Algarve 110 (mais 10). As regiões autónomas da Madeira e dos Açores receberão 35 bolsas cada, mais cinco do que no ano letivo atual.
"O valor de cada bolsa individual do 'Programa + Superior' é de 1700 euros", montante atribuído anualmente, acrescenta o ministério tutelado por Manuel Heitor, valor igual ao do presente ano letivo.
O Ministério do Ensino Superior realça que neste ano letivo "foram atribuídas, no total, cerca de 10 mil bolsas + Superior", às quais se juntam agora as novas 2230 bolsas, um investimento adicional de quase quatro milhões de euros.
Este programa abrange "as instituições do ensino superior públicas das regiões mais carenciadas e as bolsas destinam-se a apoiar os alunos dos cursos técnicos superiores profissionais, ciclos de estudos de licenciatura e ciclos de estudos integrados de mestrado, ministrados nas instituições de ensino superior públicas, situadas nas regiões abrangidas pelo programa", refere a tutela.