Carlos Carvalhas defende que "se o PS ficar em minoria e a esquerda aumentar, teremos a repetição e ainda melhor: teremos uma outra política".
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Entre o PS que que abre a porta a entendimentos com a esquerda e os socialistas, como Carlos César para quem os partidos à esquerda "dificilmente poderão ser parceiros num projeto com futuro e sustentabilidade ", o antigo líder comunista Carvalhas tem uma certeza quando questionado sobre entendimentos futuros: tudo vai depender do resultado das eleições.
"É sempre possível. Não depende do (Carlos) César, nem sequer da vontade do primeiro-ministro. Depende apenas da relação de forças: se o Partido Socialista ficar em minoria e os partidos à sua esquerda até aumentarem, então teremos a repetição, ou melhor: teremos uma outra política", sublinhou Carvalhas no programa da TSF Pares da República.
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No mesmo programa Francisco Louçã considerou que o PS está dividido sobre os entendimentos com a esquerda mas "certos setores da direita"querem ver costa com uma maioria para governar.
"Havia um comentador de direita que dizia que António Costa é um génio, outro dizia 'um politicão'. Há este 'desbarretamento' perante António Costa, como se ele fosse o representante das políticas que direita gosta", ironiza Louçã.
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"É a mão livre para todo o jogo financeiro e político europeu", avisa Francisco Louçã.
O antigo dirigente do Bloco de Esquerda considera que a dramatização mostra "desespero" ao "tentar dividir e amedrontar o eleitorado para criar a polarização" e que futuros acordos vão depender "do que as pessoas queiram".
"Os próximos meses vão ser muito definidores", sublinha Louçã lembrando temas em cima da mesa como a Lei de Bases da Saúde, leis laborais ou Lei de Bases da Habitação.