Para Guilherme Silva, não se pode falar de confiança política do presidente do PSD/Madeira e presidente do Governo Regional da Madeira em relação ao primeiro-ministro e ao presidente do PSD.
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O deputado social-democrata Guilherme Silva considera «absurdo» o pedido do líder do PS para que o primeiro-ministro dê uma resposta clara quanto à confiança política no presidente do Governo Regional da Madeira, isto após ter sido revelado um défice encoberto nesta Região Autónoma.
Ouvido pela TSF, o parlamentar do PSD eleito pela Madeira considerou que António José Seguro revela «ignorância total» no que toca à «autonomia política que, no caso do PSD, não é só em termos da estrutura político-administrativa do Estado».
«É também pela estrutura que Sá Carneiro deu ao partido também dentro do partido. Portanto, não há uma confiança política do presidente do PSD/Madeira e presidente do Governo Regional da Madeira relativamente quer ao primeiro-ministro quer ao presidente do PSD».
Por esta razão, segundo Guilherme Silva, «António José Seguro está a revelar uma visão centralista e uma ignorância total sobre a estrutura política e partidária que é dolorosa para o líder do maior partido da oposição».
«Passos Coelho não tem de ouvir este comentário, porque esse comentário não é minimamente audível por ser de todo impertinente e desajustado da realidade política, da estrutura do Estado e da estrutura partidária do PSD», frisou.
Por outro lado, Guilherme Silva disse entender o lamento de Alberto João Jardim sobre a falta de solidariedade do PSD nacional relativa a esta questão.
Contudo, o deputado eleito pela Madeira, que considera que «não houve aqui intenção de ocultar», disse também compreender as palavras do primeiro-ministro sobre esta questão, onde Pedro Passos Coelho falou num procedimento irregular na Madeira.
Guilherme Silva considerou que este procedimento aconteceu por «razões explicáveis» e que «se irá ultrapassar com certeza com toda a ajuda e cooperação entre os dois Governos».
«Compreendo que ele [Passos Coelho] tenha de dar uma imagem para fora do país nesta ocasião e ainda por cima estava a fazê-lo no estrangeiro de exigência e rigor», concluiu o parlamentar, que considera a atitude de Passos Coelho como «perfeitamente compreensível».