
Gustavo Bom/Global Imagens (arquivo)
Os dados foram recolhidos pelo Banco de Portugal para o Boletim Económico de dezembro
No artigo relativo às Políticas em Análise, os especialistas do Banco de Portugal apontam para que "entre os novos pensionistas, 10% continuaram a trabalhar, correspondendo sobretudo a beneficiários com pensões mais elevadas".
Ou seja, "dos 111 mil novos pensionistas de 2024, 34 mil reformou-se após a idade legal e 11,5 mil continuou a trabalhar por conta de outrem, acumulando salário com pensão".
Outro dado revelado neste estudo aponta para uma realidade social de um país com diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho e isso reflete-se na reforma. As mulheres recebem menos pensões do que os homens.
O diferencial de género nas pensões de velhice tem vindo a reduzir-se de forma gradual nos últimos anos, mas as diferenças por género ainda são expressivas. "As pensões atribuídas a mulheres apresentam menor variabilidade e situam-se, em média, em níveis inferiores", lê-se.
Ou seja, "em 2024, a pensão média feminina foi de 490 euros, cerca de 40% abaixo do valor recebido pelos homens". Além do mais, "as mulheres representam 52% do total de pensionistas".
O aumento da esperança média de vida também influencia a distribuição das reformas. "Perto de 30% dos pensionistas têm mais de 80 anos, enquanto apenas 5% têm menos de 65 anos", adianta.
O fosso nas reformas atribuídas é marcante: Observa-se uma dispersão elevada, com metade dos pensionistas a receber menos de 462 euros, enquanto 5% dos pensionistas recebe mais de 1685 euros."
Em 2024, a pensão média de velhice situava-se em 645 euros.