Escala de Costa em Budapeste. Santos Silva desvaloriza críticas e assegura que "não há proximidade a Viktor Orbán"
O gabinete do primeiro-ministro esclareceu, entretanto, que António Costa fez escala em Budapeste a convite do presidente da UEFA, mas não adiantou os motivos de esta não estar prevista na sua agenda.
Corpo do artigo
O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, desvalorizou, ao início da tarde desta segunda-feira, as críticas dos partidos à escala do primeiro-ministro em Budapeste, para assistir ao jogo da Final da Liga Europa ao lado de Viktor Orbán.
Questionado se esta visita, que não estava prevista na agenda pública, não representaria uma aproximação do chefe do Executivo português ao seu homólogo húngaro, Viktor Orbán, um político de extrema-direita, o presidente do parlamento garante que "não há nenhuma espécie de proximidade" do ponto de vista político. "Do ponto de vista político, é manifesto que não há nenhuma espécie de proximidade" assegurou Santos Silva referindo-se ao governante português e ao seu homólogo húngaro para depois ironizar: "do ponto de vista físico, de todas as vezes que o Conselho Europeu se reúne, os 27 chefes de Estado e do Governo estão próximos".
TSF\audio\2023\06\noticias\19\augusto_santos_silva_2_n_ha_proximid
O gabinete do primeiro-ministro esclareceu, entretanto, que António Costa fez escala em Budapeste a convite do presidente da UEFA, mas não adiantou os motivos de esta não estar prevista na sua agenda.
Também Marcelo Rebelo de Sousa já tinha afirmado não ver qualquer "problema político específico" na paragem de António Costa, sublinhando que os dois países são aliados na União Europeia.
"O facto de no caminho ter feito uma escala ou ter parado durante uma hora e meia ou duas horas para dar apoio a um português e ver um jogo de futebol, francamente não vejo que politicamente haja qualquer problema específico", disse Marcelo Rebelo de Sousa.
A 31 de maio, António Costa, que viajava num Falcon 50 da Força Aérea, fez uma escala em Budapeste quando seguia a caminho da Moldova para a cimeira da Comunidade Política Europeia, sem que a paragem constasse da sua agenda pública, segundo noticiou o Observador.
De acordo com o mesmo jornal, o chefe do Governo português assistiu ao jogo da final da Liga Europa de futebol entre o Sevilha e a Roma, equipa italiana orientada por José Mourinho, ao lado do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.