Escassez de direitos humanos em Gaza, Síria e países "historicamente próximos" a Portugal preocupam Amnistia Internacional

Os direitos humanos continuam a ser desrespeitados em várias regiões do mundo: esta é a conclusão da Amnistia Internacional, que não esconde a "grande preocupação" com a situação vivida na Faixa de Gaza, Síria e outros países "historicamente próximos" a Portugal.

No dia em que se assinala o Dia Internacional dos Direitos Humanos, a coordenadora de investigação e advocacia da secção portuguesa da Amnistia, Inês Subtil, identifica as regiões que têm motivado um maior nível de preocupação por parte da organização.

"O que se passa em Gaza é obviamente uma das grandes preocupações que nos tem acompanhado ao longo deste ano e que continua a preocupar-nos bastante. Depois, temos estado a acompanhar a situação na Síria e, por outro lado, o que se passa na Geórgia, com o uso persistente e generalizado de força ilegal e desproporcional por parte da polícia, mas também em países que nos são muito próximos historicamente, que é o caso de Moçambique ou de Angola", aponta, em declarações à TSF.

Para assinalar o Dia Internacional dos Direitos Humanos, a Amnistia em Portugal vai organizar um evento na sede, em Oeiras, no distrito de Lisboa, bem como ações de ativismo em alguns pontos do país. Na sede, as portas são abertas às 12h00 e assim permanecem até às 22h00. A organização vai promover durante o dia desta terça-feira um workshop de ilustração de postais, aulas de zumba e yoga e várias talks.

"Só para citar algumas teremos uma [talk] com a ambientalista Joana Guerra Tadeu, depois outra sobre acessibilidade e os direitos da pessoa com deficiência e ainda uma talk com Sofia Branco, jornalista e ex-presidente da direção do Sindicato dos Jornalistas sobre liberdade de expressão", afirma, acrescentando que, para o fim do dia, por volta das 20h00, está previsto um café concerto.

Existirão também outras ações de ativismo em outros locais do país, como Estremoz, Coimbra e Ponta Delgada.