Empresa portuguesa vai realizar oito mil kits de testagem ao novo coronavírus por dia.
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No caso de uma nova vaga de Covid-19 em Portugal, o país não vai ficar sem kits de testagem como aconteceu no início da pandemia. A garantia é do diretor-geral da ControlVet, empresa multinacional que está instalada em Tondela.
A empresa prepara-se para produzir um kit inovador que permite uma testagem rápida aos suspeitos de infeção com o novo coronavírus. A ControlVet vai inaugurar esta sexta-feira um laboratório que se destaca pela capacidade elevada para realizar os kits.
Em declarações à TSF, João Cotta, diretor-geral para a Europa da empresa, explica que com o início da produção destes kits inovadores, Portugal não vai voltar a ter problemas de material como aconteceu há alguns meses.
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"Nós podemos suportar os componentes ou vender para outros laboratórios em Portugal. Aquilo que se passou em março e abril com a escassez de material, com o país a importar kits e zaragatoas, de países como a China, não vai voltar a acontecer. Agora vamos ter a possibilidade de ser autónomos."
João Cotta esclarece que os kits se caracterizam por biologia molecular, que deteta o coronavírus nas pessoas. A nível europeu existem apenas duas empresas a produzir este tipo de componentes.
"Nós temos conhecimento para desenvolver estas ferramentas, e decidimos criar esta unidade que vai produzir os kits, mas também montar os seus componentes. Ou seja, as peças que fazem parte dos kits vão ser produzidas por nós, o que fará com que Portugal se torne autónomo", garante à TSF.
O diretor-geral para a Europa da ControlVest adianta que a capacidade diária de produção é de, pelo menos, oito mil testes. "Todo o sistema vai ser muito automatizado. Numa perspetiva conservadora, considerando o pior dos cenários, vamos ter uma capacidade de produção de oito mil testes diários. Se aumentarmos o número de turnos, vamos duplicar ou triplicar os números", afirma.
Já existem países interessados em receber as componentes dos kits, além da produção interna para Portugal. Este laboratório é único no país, e só existem cinco no mundo com esta capacidade. O investimento é de dois milhões de euros, suportado em 95% por fundos comunitários.
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